KAVI SÁDHANÁ
Wednesday, March 30, 2022
Thursday, October 22, 2020
SATYA FUTEBOL CLUBE x UNIDOS DO KAIYVALIA
A EQUIPE DE ARBITAGEM |
COM EQUIPAMENTO BRANCO O JOGADOR DO SATYA F.C.,SAMKHYA COM EQUPAMENTO LARANJA FORTE,SAMADHI,DO U.KAIYVALIA |
ADEPTOS EM ÊXTASE |
OM TAT SAT
Wednesday, July 1, 2020
Monday, June 29, 2020
Os YogaSutras de Patanjali, um tema inesgotável
Os YOGA SUTRAS de Patanjali são um dos livros mais poderosos escritos na história da humanidade.
É um daqueles, poucos, livros que pode mudar a vida de quem o estuda, têm a sorte de o entender e pôr em prática os ensinamentos nele contidos, sózinho (possivél mas bastante improvavél) ou através de um Mestre.
Os Sutras além de terem sido, desde a sua codificação, e continuarem a ser, a base, o ponto de partida de todas as linhas de pensamento, escolas e práticas de yoga, ainda comportam o mérito de serem o incentivo de centenas de ensaios, infindaveis comentários e um sem numero de livros sobre o tema.
Pelo que me têm sido dado a observar durante os anos de prática e estudo do yoga darshanam, e, consequentemente, frequentar estes ambientes de forma mais ou menos assidua, acredito, sem sombra de dúvida, não existir um único praticante de yoga, digamos com um ano de prática, que não tenha lido os Yoga Sutras pelo menos uma vez, e que na continuação da sua prática de yoga não venha a sentir a necessidade de os ler/estudar, assim como os seus comentários mais famosos, visando o aprofundamento da sua compreensão.
Por outro lado é também minha convicção de que centenas de praticantes, das mais diversas religiões e tradições religiosas, nunca tenham lido os seus livros mais sagrados, não estando com o estabelecer desta comparação a chamar religião ou doutrina ao Yoga.
O yoga é uma filosofia (darshan) prática, talvez a única no mundo.
Desde a sua origem que os Sutras são um best-seller; compostos por 193 ou 196 aforismos, numero sobre o qual não existe consenso devido a se acreditar que o estilo gramatical, de escrita e de exposição dos ultimos aforismos não ser identico aos restantes sutras, dando assim origem á tese que postula estes terem sido acrescentados somente uns séculos depois da codificação original de Patanjali.
Aliás, tanto já foi escrito sobre os sutras que um sem numero de especulações paira sobre eles, sendo umas mais crediveis que outras, como a que, a titulo de exemplo, afirma que os yoga sutras se referem a uma linha de yoga, vinda dos tempos védicos, conhecida por Kriya yoga, e que atingiu o seu auge de popularidade, no ocidente, através dum famoso livro de Swami Paramahansa Yogananda intitulado "Autobiografia de um yogui".
Um classico apaixonante e brilhantemente redigido que têm a particularidade de nos levar numa viagem alucinante ao fascinante e mágico mundo dos yoguis da índia.
A sua escrita descritiva toma dimensões tão reais que não conseguimos parar de o ler, avidamente, desde as primeiras linhas até ao inevitavél fim, que sem resultado tentamos adiar.
Nesta obra Swami Paramahansa yogananda apresenta-nos a prática de Kriya yoga numa linha de sucessão e transmissão (parampara) que nos leva até Babaji,o yogue Crístico, atribuindo-lhe desta forma uma antiguidade que supera a criação do mundo no presente Dia de Brahman, com os mavantaras e yugas que o caracterizam e conduzem á dissolução, pralaya, dando assim origem á noite de Brahman.
O facto de um aforismo, ou sutra, ser um condensado de sabedoria, escrito em sanscrito, que se vai desvelando a medida que a consciência do discipulo se expande, têm ajudado ao aparecimento das várias intrepretações sobre cada sutra e seu conteudo, apesar de haver uma concordância total acerca da prática conduzir ao samadhi e finalmente desembocar no estado de kaivalya.
Só para termos uma ideia da complexidade de um sutra vejamos como Patanjali começa os Yogasutras,
o 1º Sutra afirma: " Atha yoganuçasana", o que numa tradução simples será algo como " Agora os mais altos ensinamentos do yoga", mas que para um iniciado transporta verdadeiramente as ideias de que:
1- Agora que conseguiste chegar até aqui, através dos méritos adquiridos nesta e em vidas passadas, estás pronto a receber os ensinamentos do yoga.
2- Os ensinamentos são para ser seguidos á letra, não estão abertos a discussão ou alterações.
3- São apresentados para que possas reger a tua vida através deles
4-São para ser preservados, exatamente como estão, e assim servirem as gerações futuras.
A forma como entendemos os Yogasutras De Patanjali, também conhecidos por Ashtanga yoga, Raja Yoga, Patanjala yoga, entre outras nomenclaturas, vai muito além de uma simples codificação de um manual de práticas.
Estes 193 sutras carregam a herança da Mãe índia para a humanidade, toda uma sabedoria, adquirida por tentativa e erro, que remonta á tenra idade em que a procura pela verdade cosmica começou a preocupar a Índia e as suas gerações infindaveis de homens Santos.
Os Sutras representam, de certa forma, um pioneirismo sem data, que procura entender em que difere o homem histórico do homem cosmico. Representam, em sua essência, o inicio do pensamento filosófico, que, em nosso entender, é o verdadeiro nascimento da Humanidade.
Pensamento que nos desvelou uma consciência que nos premitiu deixar de lutar pela sobrevivência e começar a expressar a criatividade com que o universo nos dotou, e nos têm transportado, num ritmo de impeto criativo impressionante, até ao presente seculo.
O facto de se datar a composição dos sutras entre 200 a.c. e 400 d.c., é por si só um atestado da antiguidade destes ensinamentos.
O próprio Patanjali afirma que não está a inventar nada de novo, simplesmente a codificar, por escrito, todos os ensinamentos e técnicas cuja funcionalidade, comprovada por seculos de exito, tinha até então assistido a todos aqueles que a chamada "vida normal" ( vida profana nas palavras de Mircea Eliade) já não era suficiente, e, que sabendo que o macro se reflete no micro, e vive-versa, procuraram nas profundezas do seu Ser as verdades côsmicas e a realização do Self.
É um daqueles, poucos, livros que pode mudar a vida de quem o estuda, têm a sorte de o entender e pôr em prática os ensinamentos nele contidos, sózinho (possivél mas bastante improvavél) ou através de um Mestre.
Os Sutras além de terem sido, desde a sua codificação, e continuarem a ser, a base, o ponto de partida de todas as linhas de pensamento, escolas e práticas de yoga, ainda comportam o mérito de serem o incentivo de centenas de ensaios, infindaveis comentários e um sem numero de livros sobre o tema.
Pelo que me têm sido dado a observar durante os anos de prática e estudo do yoga darshanam, e, consequentemente, frequentar estes ambientes de forma mais ou menos assidua, acredito, sem sombra de dúvida, não existir um único praticante de yoga, digamos com um ano de prática, que não tenha lido os Yoga Sutras pelo menos uma vez, e que na continuação da sua prática de yoga não venha a sentir a necessidade de os ler/estudar, assim como os seus comentários mais famosos, visando o aprofundamento da sua compreensão.
Por outro lado é também minha convicção de que centenas de praticantes, das mais diversas religiões e tradições religiosas, nunca tenham lido os seus livros mais sagrados, não estando com o estabelecer desta comparação a chamar religião ou doutrina ao Yoga.
O yoga é uma filosofia (darshan) prática, talvez a única no mundo.
Desde a sua origem que os Sutras são um best-seller; compostos por 193 ou 196 aforismos, numero sobre o qual não existe consenso devido a se acreditar que o estilo gramatical, de escrita e de exposição dos ultimos aforismos não ser identico aos restantes sutras, dando assim origem á tese que postula estes terem sido acrescentados somente uns séculos depois da codificação original de Patanjali.
Aliás, tanto já foi escrito sobre os sutras que um sem numero de especulações paira sobre eles, sendo umas mais crediveis que outras, como a que, a titulo de exemplo, afirma que os yoga sutras se referem a uma linha de yoga, vinda dos tempos védicos, conhecida por Kriya yoga, e que atingiu o seu auge de popularidade, no ocidente, através dum famoso livro de Swami Paramahansa Yogananda intitulado "Autobiografia de um yogui".
Um classico apaixonante e brilhantemente redigido que têm a particularidade de nos levar numa viagem alucinante ao fascinante e mágico mundo dos yoguis da índia.
A sua escrita descritiva toma dimensões tão reais que não conseguimos parar de o ler, avidamente, desde as primeiras linhas até ao inevitavél fim, que sem resultado tentamos adiar.
Nesta obra Swami Paramahansa yogananda apresenta-nos a prática de Kriya yoga numa linha de sucessão e transmissão (parampara) que nos leva até Babaji,o yogue Crístico, atribuindo-lhe desta forma uma antiguidade que supera a criação do mundo no presente Dia de Brahman, com os mavantaras e yugas que o caracterizam e conduzem á dissolução, pralaya, dando assim origem á noite de Brahman.
O facto de um aforismo, ou sutra, ser um condensado de sabedoria, escrito em sanscrito, que se vai desvelando a medida que a consciência do discipulo se expande, têm ajudado ao aparecimento das várias intrepretações sobre cada sutra e seu conteudo, apesar de haver uma concordância total acerca da prática conduzir ao samadhi e finalmente desembocar no estado de kaivalya.
Só para termos uma ideia da complexidade de um sutra vejamos como Patanjali começa os Yogasutras,
o 1º Sutra afirma: " Atha yoganuçasana", o que numa tradução simples será algo como " Agora os mais altos ensinamentos do yoga", mas que para um iniciado transporta verdadeiramente as ideias de que:
1- Agora que conseguiste chegar até aqui, através dos méritos adquiridos nesta e em vidas passadas, estás pronto a receber os ensinamentos do yoga.
2- Os ensinamentos são para ser seguidos á letra, não estão abertos a discussão ou alterações.
3- São apresentados para que possas reger a tua vida através deles
4-São para ser preservados, exatamente como estão, e assim servirem as gerações futuras.
A forma como entendemos os Yogasutras De Patanjali, também conhecidos por Ashtanga yoga, Raja Yoga, Patanjala yoga, entre outras nomenclaturas, vai muito além de uma simples codificação de um manual de práticas.
Estes 193 sutras carregam a herança da Mãe índia para a humanidade, toda uma sabedoria, adquirida por tentativa e erro, que remonta á tenra idade em que a procura pela verdade cosmica começou a preocupar a Índia e as suas gerações infindaveis de homens Santos.
Os Sutras representam, de certa forma, um pioneirismo sem data, que procura entender em que difere o homem histórico do homem cosmico. Representam, em sua essência, o inicio do pensamento filosófico, que, em nosso entender, é o verdadeiro nascimento da Humanidade.
Pensamento que nos desvelou uma consciência que nos premitiu deixar de lutar pela sobrevivência e começar a expressar a criatividade com que o universo nos dotou, e nos têm transportado, num ritmo de impeto criativo impressionante, até ao presente seculo.
O facto de se datar a composição dos sutras entre 200 a.c. e 400 d.c., é por si só um atestado da antiguidade destes ensinamentos.
O próprio Patanjali afirma que não está a inventar nada de novo, simplesmente a codificar, por escrito, todos os ensinamentos e técnicas cuja funcionalidade, comprovada por seculos de exito, tinha até então assistido a todos aqueles que a chamada "vida normal" ( vida profana nas palavras de Mircea Eliade) já não era suficiente, e, que sabendo que o macro se reflete no micro, e vive-versa, procuraram nas profundezas do seu Ser as verdades côsmicas e a realização do Self.
Friday, June 26, 2020
Usando os Yoga Sutras de Patanjali como uma Meditação
Os Oito Angas como método de meditação
Os Oito Angas ou Passos de Patanjali, Ashtanga Yoga, são bem conhecidos como um aspecto importante da filosofia do Yoga. Estes Oito Passos fazem parte dos Yoga Sutras de Patanjali que contém 195 aforismos, sintetizando a visão, a prática e o resultado do Yoga, assim como as experiências e obstáculos que podem ser encontrados ao longo do caminho.
Os oito angas são:
1. Yamas - os valores fundamentais;
2. Niyamas - recomendações de conduta para a prática e vida diária;
3. Asana - permanência em uma postura estável e confortável, de forma natural e sem esforço, na prática da meditação, nos asanas e na vida diária;
4. Pranayama - a expansão e canalização da energia primordial do nosso ser, chamada prana, tendo na respiração seu principal veículo;
5. Pratyahara - a internalização dos sentidos;
6. Dharana - a concentração contínua sobre um foco específico que uma vez investigado revela o Todo;
7. Dhyana - a meditação. O alinhamento natural e espontâneo do corpo, respiração, mente e espírito;
8. Samadhi - o estado final de meditação em que o medi-tador se dissolve totalmente dentro da experiência da meditação, um estado de Pura Consciência.
Os Oito Angas também podem ser utilizados como um método poderoso de meditação, iniciando-se no primeiro passo e seguindo até o último. A meditação se completa, na volta para o primeiro passo. Para experimentar este método, leia este roteiro para si mesmo ou peça que alguém o leia para você:
Sente-se em uma posição confortável, com a coluna ereta, deixando a respiração fluir livremente.
1. Yamas
Como preparação para nossa meditação, vamos refletir sobre o primeiro passo; os 5 Yamas, os valores fundamentais que guiarão nossa conduta ao longo da meditação:
Ahimsa- não-violência. É o seu compromisso de não se julgar ou se forçar durante a meditação, mas de praticar auto-aceitação, respeitando seu próprio ritmo.
Satya- verdade. É o seu compromisso de buscar a verdade mais profunda do seu Ser ao longo da meditação.
Asteya- usar somente aquilo que é preciso. É o seu compromisso de não acumular técnicas de meditação como um fim em si mesmo, mas de se focalizar na essência da meditação: a descoberta da identidade real do meditador.
Brahmacharya- conservação de energia. É manter a meditação fluindo, com leveza e sem resistência, para não desperdiçar energia ao longo da meditação, sempre terminando a prática com mais energia do que no começo.
Aparigraha - desapego. É a lembrança de que a sua prática de meditação, no final, não é pessoal. Você está meditando como parte de tudo que existe, em benefício de todos os seres.
2. Niyamas- Tendo os Yamas como base, agora você pode refletir sobre os Niyamas, como guias de prática:
Saucha- pureza. É o seu compromisso de criar um espaço limpo e aberto no ambiente físico e dentro da mente.
Santosha- contentamento. É a lembrança de que mesmo que a sua prática tenha altos e baixos, você perma-necerá em eqüanimidade, não se atolando nos baixos, ou se apegado na euforia dos altos.
Tapas- disciplina. É o seu compromisso com a prática regular e o entendimento que o progresso vem somente com esforço e determinação adequados.
Svadhyaya- auto-estudo. É o seu compromisso de manter-se como testemunha de tudo que acontece na meditação, sem se identificar com as experiências da meditação, como eu e meu.
Ishvara Pranidhana- entrega ao Supremo. É a lembrança de que toda meditação está dirigida ao encontro do Absoluto, que também é sua própria natureza.
3. Asana- Agora, tendo os Yamas e Niyamas como fundação, você pode passar para o próximo passo: Asana, que consiste em manter o corpo estável e confortável durante a meditação e na vida diária. Sinta a base de seu corpo em contato com a terra, visualizando essa base totalmente enraizada no solo, se ramificando na direção do centro da Terra. Sinta a estabilidade e firmeza da terra e o apoio infinito que ela proporciona a você. Deixe que a estabilidade da terra preencha totalmente seu corpo. À medida que sua cone-xão com a terra se aprofunda, o corpo vai se tornando cada vez mais firme e estável. Através desta estabilidade, o corpo torna-se totalmente imóvel como uma estátua. Sinta este processo de imobilidade se espalhando pelos pés e pernas, continuando através do corpo, parte por parte. Quando o corpo estiver naturalmente aquietado, estável e firme, reconheça este estado como asana siddhi, o poder de manter-se imóvel e ao mesmo tempo, naturalmente confortável.
4. Pranayama- Neste espaço de serenidade e imobilidade completa , entramos no próximo passo: Pranayama, a expansão e canalização de Prana. Comece sentindo o fluxo da respiração entrando e saindo das narinas de forma suave, lenta e com consciência completa. Sinta esta mesma respiração suavemente massageando toda a superfície interna da garganta. Perceba a respiração fluindo através de cada parte dos pulmões: expandindo primeiro a parte anterior ... a posterior ... a parte inferior .... e a parte superior. Volte a respirar plenamente, usando toda a extensão de seus pulmões. Agora, vamos sentir a respiração de forma mais sutil, respirando através das solas dos pés, preenchendo os pés e as pernas. A cada inalação, sinta pés e pernas se expan-dindo. E a cada exalação, relaxando. Continue a espalhar esta respiração sutil por cada parte de seu corpo, respirando através das palmas das mãos, preenchendo mãos, braços e ombros. Agora, respire dentro da área pélvica ... no abdômen e lombar ... plexo solar e parte média das costas ... peito e parte alta das costas. Preencha o pescoço, garganta e cabeça com a respiração sutil. Sinta o corpo inteiro respirando plenamente ... isto é pranayama siddhi, o poder de respiração plena que está em sintonia com a estabilidade e serenidade do asana.
5. Pratyahara- Mantendo a estabilidade do asana e a expansão de pranayama, interiorize seus sentidos, entrando no estado de pratyahara. Visualize o seu ser interior como um universo em si mesmo, investigando e aprofundando a cons-ciência de toda a paisagem interna. Fique atento a toda e qualquer sensação interior, totalmente envolvido nesta experiência interna, até que todos os sons e estímulos exteriores fiquem muito distantes. Relaxe dentro deste mundo interior, com todos os sentidos internalizados, permitindo que eles descansem em sua própria natureza, totalmente aquietados. Isto é o siddhi de pratyahara.
6. Dharana- Sentindo totalmente o alinhamento existente entre asana, pranayama e pratyahara, concentre toda a sua atenção no terceiro olho, mantendo a área entre as sobrancelhas totalmente suavizada e relaxada. Visualize neste ponto o símbolo do OM ou simplesmente um ponto de luz. A cada inalação, deixe que a energia universal se concentre neste local, e a cada exalação, deixe que esta energia na forma de luz se irradie por todo o seu Ser.
Sinta uma suave pulsação de energia bem no centro do terceiro olho. Note que o terceiro olho, mesmo sendo apenas um ponto, também inclui todo o seu Ser, e engloba a experiência de asana, pranayama e pratyahara juntos. Isto é dharana siddhi, o poder de manter-se focalizado em apenas um ponto, que é o Todo.
7. Dhyana- Mantendo o foco neste ponto que contém o Todo, fique consciente de que o corpo, a respiração, a mente e os sentidos estão naturalmente em sintonia, totalmente integrados e unificados. Este estado natural do Ser é dhyana, meditação. Perceba que o Ser natural permane-ce neste estado totalmente relaxado em serenidade completa.
8. Samadhi- Agora, entregue-se totalmente a esse estado natural do seu Ser e permita que o meditador se dissolva dentro da meditação, restando apenas a pura experiência da meditação. Como uma gota de água se dissolve dentro do oceano, deixe que todo o seu Ser se dissolva no mar da Consciência que é o Todo, que é a sua própria natureza.
Descanse neste estado de Samadhi, que completa os oito passos. (Deixe o meditador neste estado de 1 a 5 minutos). A viagem de retorno Lentamente, vamos começar nossa viagem de volta, trazendo sua atenção para o meditador ... para o ponto de concentração ... para a internalização dos sentidos ... para a respiração.
Finalmente, reconecte com o seu corpo fisico, sentindo cada parte do seu corpo até que você se sinta totalmente pronto para voltar ao estado de consciência ativa. Para dar continuidade à sua meditação, lembre-se de todos os passos e comprometa-se a integrá-los no seu dia-a-dia, na intenção de levar uma vida meditativa.
Os Oito Angas ou Passos de Patanjali, Ashtanga Yoga, são bem conhecidos como um aspecto importante da filosofia do Yoga. Estes Oito Passos fazem parte dos Yoga Sutras de Patanjali que contém 195 aforismos, sintetizando a visão, a prática e o resultado do Yoga, assim como as experiências e obstáculos que podem ser encontrados ao longo do caminho.
Os oito angas são:
1. Yamas - os valores fundamentais;
2. Niyamas - recomendações de conduta para a prática e vida diária;
3. Asana - permanência em uma postura estável e confortável, de forma natural e sem esforço, na prática da meditação, nos asanas e na vida diária;
4. Pranayama - a expansão e canalização da energia primordial do nosso ser, chamada prana, tendo na respiração seu principal veículo;
5. Pratyahara - a internalização dos sentidos;
6. Dharana - a concentração contínua sobre um foco específico que uma vez investigado revela o Todo;
7. Dhyana - a meditação. O alinhamento natural e espontâneo do corpo, respiração, mente e espírito;
8. Samadhi - o estado final de meditação em que o medi-tador se dissolve totalmente dentro da experiência da meditação, um estado de Pura Consciência.
Os Oito Angas também podem ser utilizados como um método poderoso de meditação, iniciando-se no primeiro passo e seguindo até o último. A meditação se completa, na volta para o primeiro passo. Para experimentar este método, leia este roteiro para si mesmo ou peça que alguém o leia para você:
Sente-se em uma posição confortável, com a coluna ereta, deixando a respiração fluir livremente.
1. Yamas
Como preparação para nossa meditação, vamos refletir sobre o primeiro passo; os 5 Yamas, os valores fundamentais que guiarão nossa conduta ao longo da meditação:
Ahimsa- não-violência. É o seu compromisso de não se julgar ou se forçar durante a meditação, mas de praticar auto-aceitação, respeitando seu próprio ritmo.
Satya- verdade. É o seu compromisso de buscar a verdade mais profunda do seu Ser ao longo da meditação.
Asteya- usar somente aquilo que é preciso. É o seu compromisso de não acumular técnicas de meditação como um fim em si mesmo, mas de se focalizar na essência da meditação: a descoberta da identidade real do meditador.
Brahmacharya- conservação de energia. É manter a meditação fluindo, com leveza e sem resistência, para não desperdiçar energia ao longo da meditação, sempre terminando a prática com mais energia do que no começo.
Aparigraha - desapego. É a lembrança de que a sua prática de meditação, no final, não é pessoal. Você está meditando como parte de tudo que existe, em benefício de todos os seres.
2. Niyamas- Tendo os Yamas como base, agora você pode refletir sobre os Niyamas, como guias de prática:
Saucha- pureza. É o seu compromisso de criar um espaço limpo e aberto no ambiente físico e dentro da mente.
Santosha- contentamento. É a lembrança de que mesmo que a sua prática tenha altos e baixos, você perma-necerá em eqüanimidade, não se atolando nos baixos, ou se apegado na euforia dos altos.
Tapas- disciplina. É o seu compromisso com a prática regular e o entendimento que o progresso vem somente com esforço e determinação adequados.
Svadhyaya- auto-estudo. É o seu compromisso de manter-se como testemunha de tudo que acontece na meditação, sem se identificar com as experiências da meditação, como eu e meu.
Ishvara Pranidhana- entrega ao Supremo. É a lembrança de que toda meditação está dirigida ao encontro do Absoluto, que também é sua própria natureza.
3. Asana- Agora, tendo os Yamas e Niyamas como fundação, você pode passar para o próximo passo: Asana, que consiste em manter o corpo estável e confortável durante a meditação e na vida diária. Sinta a base de seu corpo em contato com a terra, visualizando essa base totalmente enraizada no solo, se ramificando na direção do centro da Terra. Sinta a estabilidade e firmeza da terra e o apoio infinito que ela proporciona a você. Deixe que a estabilidade da terra preencha totalmente seu corpo. À medida que sua cone-xão com a terra se aprofunda, o corpo vai se tornando cada vez mais firme e estável. Através desta estabilidade, o corpo torna-se totalmente imóvel como uma estátua. Sinta este processo de imobilidade se espalhando pelos pés e pernas, continuando através do corpo, parte por parte. Quando o corpo estiver naturalmente aquietado, estável e firme, reconheça este estado como asana siddhi, o poder de manter-se imóvel e ao mesmo tempo, naturalmente confortável.
4. Pranayama- Neste espaço de serenidade e imobilidade completa , entramos no próximo passo: Pranayama, a expansão e canalização de Prana. Comece sentindo o fluxo da respiração entrando e saindo das narinas de forma suave, lenta e com consciência completa. Sinta esta mesma respiração suavemente massageando toda a superfície interna da garganta. Perceba a respiração fluindo através de cada parte dos pulmões: expandindo primeiro a parte anterior ... a posterior ... a parte inferior .... e a parte superior. Volte a respirar plenamente, usando toda a extensão de seus pulmões. Agora, vamos sentir a respiração de forma mais sutil, respirando através das solas dos pés, preenchendo os pés e as pernas. A cada inalação, sinta pés e pernas se expan-dindo. E a cada exalação, relaxando. Continue a espalhar esta respiração sutil por cada parte de seu corpo, respirando através das palmas das mãos, preenchendo mãos, braços e ombros. Agora, respire dentro da área pélvica ... no abdômen e lombar ... plexo solar e parte média das costas ... peito e parte alta das costas. Preencha o pescoço, garganta e cabeça com a respiração sutil. Sinta o corpo inteiro respirando plenamente ... isto é pranayama siddhi, o poder de respiração plena que está em sintonia com a estabilidade e serenidade do asana.
5. Pratyahara- Mantendo a estabilidade do asana e a expansão de pranayama, interiorize seus sentidos, entrando no estado de pratyahara. Visualize o seu ser interior como um universo em si mesmo, investigando e aprofundando a cons-ciência de toda a paisagem interna. Fique atento a toda e qualquer sensação interior, totalmente envolvido nesta experiência interna, até que todos os sons e estímulos exteriores fiquem muito distantes. Relaxe dentro deste mundo interior, com todos os sentidos internalizados, permitindo que eles descansem em sua própria natureza, totalmente aquietados. Isto é o siddhi de pratyahara.
6. Dharana- Sentindo totalmente o alinhamento existente entre asana, pranayama e pratyahara, concentre toda a sua atenção no terceiro olho, mantendo a área entre as sobrancelhas totalmente suavizada e relaxada. Visualize neste ponto o símbolo do OM ou simplesmente um ponto de luz. A cada inalação, deixe que a energia universal se concentre neste local, e a cada exalação, deixe que esta energia na forma de luz se irradie por todo o seu Ser.
Sinta uma suave pulsação de energia bem no centro do terceiro olho. Note que o terceiro olho, mesmo sendo apenas um ponto, também inclui todo o seu Ser, e engloba a experiência de asana, pranayama e pratyahara juntos. Isto é dharana siddhi, o poder de manter-se focalizado em apenas um ponto, que é o Todo.
7. Dhyana- Mantendo o foco neste ponto que contém o Todo, fique consciente de que o corpo, a respiração, a mente e os sentidos estão naturalmente em sintonia, totalmente integrados e unificados. Este estado natural do Ser é dhyana, meditação. Perceba que o Ser natural permane-ce neste estado totalmente relaxado em serenidade completa.
8. Samadhi- Agora, entregue-se totalmente a esse estado natural do seu Ser e permita que o meditador se dissolva dentro da meditação, restando apenas a pura experiência da meditação. Como uma gota de água se dissolve dentro do oceano, deixe que todo o seu Ser se dissolva no mar da Consciência que é o Todo, que é a sua própria natureza.
Descanse neste estado de Samadhi, que completa os oito passos. (Deixe o meditador neste estado de 1 a 5 minutos). A viagem de retorno Lentamente, vamos começar nossa viagem de volta, trazendo sua atenção para o meditador ... para o ponto de concentração ... para a internalização dos sentidos ... para a respiração.
Finalmente, reconecte com o seu corpo fisico, sentindo cada parte do seu corpo até que você se sinta totalmente pronto para voltar ao estado de consciência ativa. Para dar continuidade à sua meditação, lembre-se de todos os passos e comprometa-se a integrá-los no seu dia-a-dia, na intenção de levar uma vida meditativa.
Saturday, June 13, 2020
The 108 names of Lord Shiva
Aashutosh - One who instantly fulfills all wishes
Adiguru - The first Guru
Adinath - The first Lord
Adiyogi - The first Yogi
Aja - The Unborn
Akshayaguna The one with limitless qualities
Anagha The faultless one
Anantadrishti Of infinite vision
Augadh One who revels all the time
Avyayaprabhu Imperishable Bhairav Destroyer of fear
Bhalanetra One who has an eye in the forehead
Bholenath The simple one
Bhooteshwara One who has mastery over the elements
Bhudeva Lord of the earth
Bhutapala Protector of the disembodied beings
Chandrapal Master of the moon
Chandraprakash One who has moon as a crest
Dayalu The compassionate one
Devadideva The god of gods
Dhanadeepa Lord of wealth
Dhyanadeep The light of meditation
Dhyutidhara Lord of brilliance
Digambara The one who wears the sky as his raiment
Durjaneeya Difficult to be known
Durjaya The unvanquished
Gangadhara Lord of river ganga
Girijapati Consort of girija
Gunagrahin Acceptor of gunas
Gurudeva The great Guru
Hara Remover of sins
Jagadisha Master of the Universe
Jaradhishamana Redeemer from afflictions
Jatin The one with matted hair
Kailas One who bestows peace
Kailashadhipati Lord of Mount Kailash
Kailashnath Master of Mount Kailash
Kamalakshana Lotus-eyed lord
Kantha Ever-radiant
Kapalin One who wears a necklace of skulls Kochadaiyaan The lord with long dreadlocks
Kundalin One who wears earrings
Lalataksha One who has an eye in the forehead
Lingadhyaksha Lord of the lingas
Lokankara Creator of the three worlds
Lokapal One who takes care of the world
Mahabuddhi Extreme intelligence
Mahadeva Greatest God
Mahakala The lord of time
Mahamaya Of great illusions
Mahamrityunjaya Great victor of death
Mahanidhi Great storehouse
Mahashaktimaya One who has boundless energies
Mahayogi Greatest yogi
Mahesha Supreme lord
Maheshwara Lord of Gods
Nagabhushana One who has serpents as ornaments
Nataraja King of the art of dancing
Nilakantha The Blue-throated one
Nityasundara Ever beautiful
Nrityapriya Lover of Dance
Omkara Creator of AUM
Palanhaar One who protects all
Panchatsaran Vigorous
Parameshwara First among all gods
Paramjyoti Greatest splendor
Pashupati Lord of all living beings
Pinakin One who has a bow in his hand
Pranava Originator of the primal sound of AUM
Priyabhakta Favorite of the devotees
Priyadarshana Of loving vision
Pushkara One who gives nourishment
Pushpalochana One who has eyes like flowers
Ravilochana Having Sun as the eye
Rudra The Roarer
Sadashiva The Transcended one
Sanatana The Eternal God
Sarvacharya The Supreme Teacher
Sarvashiva The Eternal Lord
Sarvatapana Preceptor of All
Sarvayoni Always Pure
Sarveshwara Lord of All
Shambho The auspicious one
Shankara Lord of All Gods
Shantah Preceptor of Skanda
Shoolin Giver of Joy
Shreshhtha Lord of the Moon
Shrikantha Always Pure
Shrutiprakasha The one who has a trident
Skandaguru Illuminator of the vedas
Someshwara One who has a pure body
Sukhada The giver of joy
Swayambhu Self-created
Tejaswani One who spreads illumination
Trilochana Three-eyed Lord
Trilokpati Master of all the three worlds
Tripurari Destroyer of the “Tripur” (the 3 planets created by Asuras) Trishoolin One who has a trident in his hands
Umapati Consort of Uma
Vachaspati Lord of Speech
Vajrahasta One who has a thunderbolt in his hands
Varada Granter of Boons
Vedakarta Originator of the Vedas
Veerabhadra Supreme Lord of the Nether World
Vishalaksha Wide-eyed Lord
Vishveshwara Lord of the Universe
Vishwanath Master of the Universe
Vrishavahana One who has bull as his vehicle
Friday, June 12, 2020
Does Milo Manara have space in a yoga blog?
A yogi is someone who, through a spiritual practice, a sadhana, thinks through the heart, it isn´t the mind that rules his life anymore.
He becomes authentic, a pioneer. It is easy to recognize the work of a pioneer, it has spirit, touch us, we don´t even need to like the piece but something move in us.
The art with spirit is found at places never reached before and created from there.
Then a whole legion of followers appears, including schools that teach those specific styles, beautiful things are made but something is missing.
Milo Manara is a yogi in this sense, even without knowing or wanting to use this epithet to define himself, he is a creator, a pioneer.
His art is visibly marked by the feminine pole of creation,the eternal feminine.
He is a devotee of the Divine mother at his sensual and erotic aspects, because the Divine mother also possesses these attributes of the eternal feminine, otherwise how could a woman expressed them on earth?
Manara's pencil never escapes to pornography, he never saw more than the innate sensuality of a women through the eyes of his soul,how could he? He is in love with the divine mother and the feminine pole of creation that he sees in all the womans.
Yes, milo manara has a place in a blog about yoga, him and her passion for the divine mother, the eroticism and the sensuality, natural condiments for the human specie to flourish,even when manara´s pencil expresses all the feminine beauty and he has no idea what fascinates him or why.
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