Thursday, April 5, 2012

O yoga de Krishnamacharya e a recitação dos Yoga Sutras de Patãnjali



Mais uma pérola que achei na net.O terceiro anga prescrito por Patanjali nos Yoga sutras,asana,na codificação do seu ashtanga yoga (ashta=8 /anga=parte) é vulgar e errôneamente confundido com a totalidade da prática descrita pelo sábio.Não raramente vemos praticantes afincados a ficarem-se pela prática de yogasanas descuidando todos os outros,sete,angas.
Algumas práticas foram elaboradas por seus codificadores de forma a que os primeiros seis angas estejam presentes (os yamas e nyamas também devem ser observados numa prática de asanas),numa unidade e totalidade comportamental que desafia o espaço/tempo,espraiando-se pelas praias do mar da omnipresença e dependendo do empenho,compreensão e entrega do praticante,eventualmente entrar num estado meditativo,o sétimo anga de Patanjali.
Mesmo não atingindo esse estado de meditação dinâmica,depois de uma destas práticas entramos num estado profundo de concentração (o sexto anga),a condição perfeita para atentarmos o oitavo anga,Samadhi,nas suas diferentes"gradações".
É de referir no sentido de causar alguma reflexão em relação as diferentes práticas de yoga e quais as diferentes precepções que estas nos podem oferecer relativamente ao objectivo último,esse estado de união onde desaparecem as contradições e dualidades que a mente não consegue resolver,como Ahimsa e o incentivo de Krishna a Arjuna para que lute,no Gita,são um exelente exemplo,que nirbikalpa samadhi é a união constante com o divino sem que o movimento diário das nossas vidas intrefira nesse extase ao passo que sabikalpa samadhi requer uma imobilidade,um estado de transe.
Grande parte das práticas de yogasanas que se praticam pelo mundo afora no presente estão fundamentadas na escola de Krishnamacharya e nas diferentes intrepretações dos chelas/discípulos deste Guru/mestre,assim como todas as linhas de yoga têm a sua semente nos Yogasutras de Patanjali,que se assenta nos ensinamentos contidos nas Upanishads.
Assim este video parece-me um retrato fidedigno do yoga que se pratica no presente,cujas raizes se fincam num passado longinquo e que pelo caminho se têm vindo a aprimorar,adaptando-se aos  tempos e as necessidades,como é exemplo a abertura da prática de yoga as mulheres.
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