A mitologia hindu atribui a Kashyapa,um dos saptarishis do presente Manvantara,a paternidade dos asuras,assim como a dos Devas,dos Nagas e de toda a humanidade.
Marichi,filho direto de Brahma é pai de Kashyapa,sendo que a um filho deste,Vivasvat é atribuida a fundação da dinastia solar.
Tudo isto parece remeter-nos para um hierarquia cósmica,onde seres criados em glória assumem os seus devidos papéis na criação,rumo a uma civilização solar.
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Ravana |
Não deixa de ser interessante a visão hindu de "que o papel de asura têm de ser feito por algúem",acabando estes seres por se tornarem libertos apôs uma ou umas encarnções Asúricas,vide novamente Ravana,contráriamente a visão ocidental onde até hoje o "papel" de Judas é mal compreendido pela maioria da população,inclusivé a católica.
O homem é a fiel representação microcósmica do macrocosmos,ou o que existe em cima existe em baixo é uma lei, uma verdade cósmica.

Toda essa história também pode ser intrepertada pelo ponto de vista da ascenção do homem,dando-lhe todos os promenores,de forma deliciosa, e precisas instruções para que o processo da auto-realização se concretize.
Segundo Mira Alfasa,companheira de Sri Aurobindo e conhecida como "a mãe",são quatro as forças Asúricas presentes na terra no presente kalpa,regidas por um quinto asura,inominado.
São eles:o asura da morte,o asura da mentira,o asura das nações e o asura da ilusão.

Na presente Kali yuga este corpo asúrico foca o adormecimento da humanidade através do controle mental electro-magnético,processos de globalização e normalização comportamental massiva ou seja o efeito rebanho,de impérios ligados aos mass-média,impérios ligados aos tóxicos,todo o tipo de toxicidade aqui incluida e que vai do tóxico-dependente ao tráfico de lixo tóxico e seus respectivos depósitos planetários e espaciais,tudo isto combinado com um desenfreado apetite consumista,uma gestão e imposição de medo,assim como um culto imposto ao pessimismo e desespero a que a população mundial adere em estado de trance.
Se o homem é dotado de livre-arbitrío,se o microcosmos reflete o macrocosmos,temos em nós o poder de não escolher a via Asúrica para que o plano original,os sete dias de Brahma se cumpram.
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Devi |
Assim temos Kali,Durga e Parvati,assumindo todas elas um papel no eterno confronto Asúrico e que sobre certa prespectiva podem apontar outros caminhos para a humanidade trilhar que não aquele que kali yuga representa.
É urgente reformar a nossa natureza Asúrica,deixarmos de ser rebanho para sermos pastores,entrarmos em contacto com a nossa real natureza,que como a mitologia e a filosofia hindú nos mostram é diferente da dévica ou asúrica,é a essência do próprio absoluto.O samkya pôem a coisa no sentido de transcendermos os gunas,sattva,rajas e tamas que são o domínio de Prakriti,para entrarmos no reino do absoluto,de Purusha.

A forma de lidar com os Asuras ou com os comportamentos asúricos passa por que cada um e todos nós começemos a emprender desde já um compromisso sério com a nossa evolução pessoal,a auto realização, que anda de mãos dadas com a realização do processo planetário e côsmico.
Um compromisso entendido como a coisa mais séria que já nos propusemos,como a única coisa que viemos fazer a esta terra,enfrentando todas as contrapartidas,e serão muitas,assim como todas as felicidades,com a equanimidade própria dos que trilham a senda da transcendência .

Todo o controle acima enunciado exercido pelas forças Asúricas é queimado como lenha ao fogo simplesmente pelos dois primeiros angas enunciados por Patañjali nos sutras do yoga,os yamas e nyamas.
Não nos podemos responsabilizar pelos outros,podemos sim e devemos responsabilizar-nos por nós próprios,nas mais pequenas coisas,nos promenores.
A "batalha"com os Asuras e com as forças asúricas ganha-se dentro de nós e não num confronto,logo á partida condenado,no campo onde estas forças atuam.
Rumo ao ser,ao bindu,é o caminho desde sempre proposto pelas hierarquias e por todo o ensinamento comprometido com o real,tome ele a forma mitológica ou filosófica.
AHAM BRAHMASMI
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