JANMA-OSADHI-MANTRA-TAPAH-SAMADHI-JAH SIDDAYAHSAMADHI
23. A matéria mental sendo afetada pelo Observador e o observado, torna-se todacompreensiva.30. A partir disso, aflições e ações cessam.
Fonte-Laisa Boaventura
Kaivalyam pada,o capitulo sobre a libertação é o último desta consisa,que como já referi é um apanágio dos sutras,mas monumental obra de Patañjali.Cada frase,ou palavra não se esgota de significado.Neste sentido,e apesar de conter passos bem precisos,esta é uma obra aberta,assim como o universo que no seu constante dinamismo não fecha portas,ou sequer têm lugar para cristalizações. Terá sido essa abertura,disciplinada,a razão para que os sutras chegassem aos dias de hoje plenamente atuais?Ao sincero buscador da verdade cabe levar esses sutras para o coração e deixar que a intuição explane sobre eles.
Poderá haver algo mais urgente do que sermos aquilo que somos na eternidade?
OM TAT SAT
1. Poderes sobrenaturais advém com o nascimento, ou são consequidos através de ervas, encantamentos, austeridades ou concentração.
JATI-ANTARA-PARINAMA PRAKRTY-APURAT
2. (A mutação do corpo e dos órgãos para aquele nascido em espécie diferente) acontece através do preenchimento de sua natureza inata.
NIMITTAM APRAYOJAKAM PRAKRTINAM VARANA-BHEDAS TU TATAH KSETRIKAVAT
3. Causas não colocam a natureza em movimento, somente a remoção de obstáculos acontece através delas. Isso é como um fazendeiro quebrando a barreira para permitir o
fluxo de água. (Os obstáculos sendo removidos pelas causas, a natureza penetra por ela
mesma).
SUTRA 4 NIRMANA-CITTANI ASMITA-MATRAT
4. Todas as mentes criadas são construidas a partir do sentido-de- -Eu.
SUTRA 5 PRAVRTTI-BHEDE PRAYOJAKAM CITTAM EKAM ANEKESAM
5. Uma mente (principal) direciona as várias mentes criadas na variedade de suas
atividades.
TATRA DHYANA-JAM ANASAYAM
6. Delas (mentes com poderes sobrenaturais) as obtidas através da meditação não têm
impressões subliminares.
KARMA-ASUKLA-AKRSNAM YOGINAS TRIVIDHAM ITARESAM
7. As ações do Yogui não são nem brancas, nem pretas, enquanto as ações dos outros são de três tipos.
tatas tad-vipaka-anugunanam eva abhivyaktir vasananam
8. Então (das três variedades de karma) manifestam-se as impressões subconscientes
apropriadas às suas consequências.
JATI-DESA-KALA-VYAVAHITANAM APY ANTANTARYAM SMRTI-AMSKARARAYOR EKA RUPATVAT
9. Em função da semelhança entre a memória e suas impressões latentes correspondentes, as impressões subconscientes dos sentimentos aparecem simultaneamente, mesmo quando são separadas por nascimento, espaço e tempo.
TASAM ANADITVAM CA ASISO NITYATVAT
10. Desejo de bem-estar sendo eterno, segue-se que a impressão subconsciente da qual ele advém deve ser sem começo.
HETU-FALA-ASHRAYA-ALAMBANAIHA SANGRAHIITATVAT ESHAM ABHAVE TAD-ABHAVAH
11. Em função de serem mantidas juntas pela causa, resultado e objetos suportes, quando isso se ausenta, as Vasanas desaparecem.
ATITANAGATAM SVARUPATO 'STY ADHVA-BHEDAD DHARMANAM
12. O passado e o futuro são em realidade, presente, em suas formas fundamentais, tendo diferenças apenas nas características das formas tomadas em tempos diferentes.
TE VYAKTA-SUKSHMAH GUNATMANAH
13. Características, que são presentes em todos os tempos, são manifestas e sutis, e são
compostas das três Gunas.
PARINAMAIKATVAD VASTU-TATTVAM
14. Em função da mutação coordenada das três Gunas, um objeto aparece como uma
unidade.
VASTU-SAMYE CHITTA-BHEDAT TAYOR VIBHAKTAH PANTHAH
15. Apesar da semelhança entre os objetos, em função de haverem mentes separadas, eles (os objetos e seu conhecimento) seguem caminhos diferentes, essa é a razão deles serem inteiramente diferentes.
NA CA-EKA-CITTA-TANTRAM VASTU TAD-APRAMANAKAM TADA KIM SYAT
16. Objeto não é dependente de uma mente, porque se assim fosse, o que aconteceria quando ele não fosse mais cognizado por esta mente?
TAD-UPARAGAPEKSITVAC CITTASYA VASTU JNATAJNATAM
17. Objetos externos são conhecidos ou desconhecidos para a mente na medida em que
colorem a mente.
SADA JNATASTH CITTA-VRITTAYAS TAT-PRABHOH PURUSHASYAPARINAMITVAT
18. Em função da imutabilidade de Purusha, que é mestre da mente, as modificações da
mente são sempre conhecidas ou manifestas.
NA TAT SVABHASAM DRISHYATVAT
19. Ela (a mente) não é auto-iluminada, sendo um objeto (conhecível).
EKA-SAMAYE CHOBHAYANAVADHARANAM
20. Além disso, ambos (a mente e seus objetos) não podem ser cognizados
simultaneamente.
CITTANTARA-DRISYE BUDDHI-BUDDHER ATIPRASANGAH SMRITI-SANSKARAS CA
21. Se a mente fosse iluminada por uma outra mente, então haveria repetição ad infinitum de mentes iluminadas e inter-mistura de memória.
CITER APRATISANKRAMAYAS TAD-AKARAPATTAU SVABUDDHI-SANVEDANAM
22. (Portanto) Intransmissível, a Consciência metempirica, refletindo sobre Buddhi torna-se a causa da consciência de Buddhi.
DRASHTRI-DRISHYOPARAKTAM CITTAM SARVARTHAM
TAD ASANKHYEYA-VASANABHISH CHITRAM API PARARTHAM SANHATYA-KARITVAT
24. Ela (a mente) apesar de marcada pelas inimeráveis impressões subconscientes, existe para um outro, desde que age conjuntamente.
VISESA-DARSHINA ATMA-BHAVA-BHAVANA-VINIVRITTIH
25. Para aquele que conheceu a entidade distinta, isto é Purusha, inquirição sobre a natureza do próprio Ser, cessa.
TADA HI VIVEKA-NIMNAM KAIVALYA-PRAGBHARAM CITTAM
26. (Então) A mente se inclina ao conhecimento discriminativo e naturalmente gravita em direção ao estado de liberação.
TACH-CHIDRESHU PRATYAYANTARANI SANSKAREBHYAH
27. Através de suas ramificações (isto é, quebras no conhecimento discriminativo) surgem outras flutuações da mente devido às impressões latentes (residuais).
HANAM ESHAM KLESHAVAD UKTAM
28. Tem-se dito que sua remoção (isto é, das flutuações) segue o mesmo processo da
remoção das aflições.
PRASANKHYANE 'PY AKUSIDASYA SARVATHA VIVEKA-KHYATER DHARMA-MEGHAH SAMADHIH
29. Quando o indivíduo torna-se desinteressado mesmo pela onisciência, ele adquiri
iluminação discriminativa perpétua de onde vem a concentração conhecida como Dharmamegha (nuvem que despeja virtude).
TATAH KLESHA-KARMA-NIVRTTIH
TADA SARVAVARANA-MALAPETASYA JNANASYANANTYAJ-JNEYAM-ALPAM
31. Então em função da infinitude do conhecimento, livre da cobertura das impurezas, os objetos conhecíveis aparentam poucos.
TATAH KRITARTHANAM PARINAMA-KRAMA-SAMAPTIR GUNANAM
32. Depois de sua emergência (nuvem que despeja virtude) as Gunas tendo cumprido seu propósito, a sequência de suas mutações cessam.
KSHANA-PRATIYOGI PARINAMAPARANTA-NIRGRAHYAH KRAMAH
33. O que pertence aos momentos e é indicado pelo término de uma mutação particular, é sequência.
PURUSARTHA-SUNYANAM GUNANAM PRATIPRASAVAH KAIVALYAM SVARUPA-PRATISTHA VA CITI-SAKTIR ITI
34. O estado do Ser-nele-mesmo ou liberação, realiza-se quando as Gunas (tendo promovido experiência e liberação para Purusha) não têm mais propósito a cumprir e desaparecem em sua substância causal. Em outras palavras, é Consciência absoluta estabelecida em seu próprio Ser
Fonte-Laisa Boaventura
Kaivalyam pada,o capitulo sobre a libertação é o último desta consisa,que como já referi é um apanágio dos sutras,mas monumental obra de Patañjali.Cada frase,ou palavra não se esgota de significado.Neste sentido,e apesar de conter passos bem precisos,esta é uma obra aberta,assim como o universo que no seu constante dinamismo não fecha portas,ou sequer têm lugar para cristalizações. Terá sido essa abertura,disciplinada,a razão para que os sutras chegassem aos dias de hoje plenamente atuais?Ao sincero buscador da verdade cabe levar esses sutras para o coração e deixar que a intuição explane sobre eles.
Poderá haver algo mais urgente do que sermos aquilo que somos na eternidade?
OM TAT SAT
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