Thursday, October 20, 2011

OS YOGASUTRAS DE PATAÑJALI--III-VIBHUTI PADA



Vibhuti Pada


DESA BANDHAS CITTASYA DHARANA
1. Dharana é a fixação da mente (Chitta) em um ponto particular no espaço.
TATRA PRATYAYA-EKATANATA DHYANAM
2. Nela (Dharana) o fluxo contínuo de modificação mental similar é chamado Dhyana ou meditação.
TAD EVA-ARTHA-MATRA-NIRBHASAM SVARUPA-SUNYAM IVA SAMADHIH
3. Quando o objeto da meditação sozinho brilha na mente, como que desprovido até mesmo do pensamento do'Eu' (que está meditando), este estado é chamado Samadhi ou concentração.
TRAYAM EKATRA SAMYAMAH
4. Os três juntos no mesmo objeto é chamado Samyama.
TAJ-JAYAT PRAJNA-ALOKAH
5. Dominando isto (Samyama) a luz do conhecimento (Prajna) emerge.
TASYA BHUMISU VINIYOGAH
6. Ela (Samyama) deve ser aplicada aos estágios (da prática).
TRAYAM ANTARANGAM PURVEBHYAH
7. Estas três práticas são mais associadas do que as mencionadas anteriormente.
TAD API BAHIRANGAM NIRBIJSYA
8. Isso também (deve ser visto) como externo com relação a Nirvija ou concentração sem semente.
VYUTTHANA-NIRODHA-SAMSKARAYOR ABHIBHAVA-PRADHURBHAVAU NIRODHA-KSANA-CHITTANVAYO NIRODHA-PARINAMAH
9. Supressão das latências das flutuações e aparecimento das latências do estado de pausa, acontecendo a cada momento de ausência do estado de pausa na mesma mente, é a mudança do estado de pausa da mente.
TASYA PRASANTA-VAHITA SAMSKARAT
10. Continuidade da mente tranquila (no estado de pausa) é assegurado por suas impressões latentes.
SARVA-ARTHATA-EKAGRATAYOH KSHAYA-UDAYAU CITTASYA SAMADHI-PARINAMAH
11. Diminuição da atenção voltada para tudo e desenvolvimento da concentração (onepointedness) é chamado Samadhi-parinama, ou mutação da mente concentrada.
TATAH PUNAH SANTA-UDITAU TULYA-PRATYAYAU CHITTASYAI-EKAGRATA-PARINAMAH
12. Lá (em Samadhi) ainda (no estado de concentração) as modificações passadas e resentes sendo similares é Ekagrata- parinama, ou mutação do estado estável da mente.
ETENA BHUTA-INDRIYESU DHARMA-LAKSANA-AVASTHA-PARINAMA VYAKHYATAH
13. Assim explica-se as três mudanças, ou seja, dos atributos essenciais ou características, das características temporais, e dos estados das Bhutas e das Indriyas (isto é, todos os fenômenos conhecíveis).
SANTA-UDITA-AVYAPADESYA-DHARMA-ANUPATI DHARMI
14. Aquilo que continua a sua existência, através das várias características, nomeadamente:o inativo, isto é, passado; o emergente, isto é, presente; o imanifesto, (mas que permanece como força potente), isto é, futuro, é o substrato (ou objeto caracterizado).
KRAMA-ANYATVAM PARINAMA-ANYATVE HETUH
15. Mudança de sequência (das características) é a causa das diferênças mutativas.
PARINAMA-TRAYA-SAMYAMAD ATITANAGATA-JNANAM
16. Conhecimento do passado e do futuro pode advir de Samyama sobre as três Parinamas (mudanças).
SHABDARTHA-PRATYAYANAM ITARA-ITARA ADHYASAT SAMKARAS TAT-PRAVIBHAGA-SAMYAMAT SARVA-BHUTA-RUTA-JNANAM
17. Palavra, objeto implicado, e idéia correspondente, produz uma impressão unificada. Se Samyama for praticada em cada um separadamente, conhecimento do significado dos sons produzidos por todos os seres, pode ser adquirido.
SAMSKARA-SAKSHATKARANAT PURVA-JATIJNANAM
18 Pela realização das impressões latentes, conhecimento dos nascimentos prévios é adquirido.
PRATYAYASYA PARA-CHITTA-JNANAM
19. (Pela prática de Samyama) em noções, conhecimento de outras mentes é desenvolvido.
NA CHA TAT SALAMBANAM TASYAVISHAYI-BHUTATVAT
20 O suporte (ou base) da noção não se torna conhecido, porqueeste não é objeto de observação (do yogui).
KAYA-RUPA-SAMYAMAT TAD-GRAHYA-SHAKTI-STAMBHE CHAKSHUH-PRAKASHASANPRAYOGE 'NTARDHANAM
21. Quando a capacidade de percepção do corpo é suprimida pela prática de Samyama em seu caracter visual, desaparecimento do corpo é efetivado, por ficar ele além da esferea de percepção do olho.< BR>
sopakramam nirupakramam cha karma tat-samyamad aparanta-jnanam arishtebhyo va
22. Karma pode ser rápido ou lento em sua frutificação. Pela prática de Samyama no Karma, conhecimento da morte pode ser adquirido.
SOPAKRAMAM NIRUPAKRAMAM CHA KARMA TAT-SAMYAMAD APARANTA-JNANAM ARISHTEBHYO VA MAITRY-ADISHU BALANI
23. Através de Samyama sobre a amizade, e outras virtudes similares, obtem-se força.
BALESU HASTI-BALA-ADINI
24. (Pela prática de Samyama) na força (física), a força de elefantes etc, pode ser adquirida.
PRAVRITTI-ALOKA-NYASAT SUKSHMA-VYAVAHITA-VIPRAKRISHTA-JNANAM
25. Aplicando a luz efulgente da percepção superior (Jyotismati), conhecimento dos objetos sutis, ou coisas invisíveis ou colocadas a grande distância, pode ser adquirido.
BHUVANA-JNANAM SURYE SAMYAMAT
26. (Praticando Samyama) sobre o sol (o ponto no corpo conhecido como a entrada solar), o conhecimento das regiões cósmicas é adquirido.
CHANDRE TARA-VYUHA-JNANAM
27. (Pela prática de Samyama) sobre a lua (a entrada lunar no corpo), conhecimento do arranjo entre as estrelas é adquirido.
DHRUVE TAD-GATI-JNANAM
28. (Pela prática de Samyama) na estrela Polar, o movimento das estrelas é conhecido.
NABHI-CHAKRE KAYA-VYUHA-JNANAM
29. (Pela prática de Samyama) no plexo do umbigo, advém conhecimento da composição do corpo.
KANTHA-KUPE KSHUT-PIPASA-NIVRITTIH
30. (Praticando Samyama) na traquéia, fome e sede são restringidas.
KURMA-NADYAM STHAIRYAM
31. Calma é alcançada por Samyama no tubo bronquial.
MURDHA-JYOTISHI SIDDHA-DARSHANAM
32. (Pela prática de Samyama) na luz coronal, Siddhas podem ser vistos.
PRATIBHAD VA SARVAM
33. Do conhecimento denominado Pratibha (intuição), tudo torna-se conhecido.
HRIDAYE CHITTA-SAMVIT
34. (Pela prática de Samyama) no coração, conhecimento da mente é adquirido.
SATTVA-PURUSAYOR ATYANTA-SAMKIRNAYOH PRATYAYAVISESAH BHOGAH PARARTHAVAT SVARTHA-SAMYAMAT PURUSA-JNANAM
35. Experiência (de prazer ou dor), vem da concepção que não distingue entre duas entidades extremamente diferentes: Buddhisattva e Purusha. Tal experiência existe para um outro (isto é, Purusha). Esta é a razão de através de Samyama em Purusha (que observa todas as experências e também sua completa cessassão) conhecimento com relação a Purusha ser adquirido.
TATAH PRATIBHA-SRAVANA-VEDANA-ADARSA-ASVADA-VARTAH JAYANTE
36. Portanto (do conhecimento de Purusha), advém Pratibha (intuição), Sravana (poder sobrenatural de ouvir), Vedana (poder sobrenatural de tocar), Adarsa (poder obrenatural de ver), Asvada (poder sobrenatural gustativo) e Varta (p oder sobrenatural de cheirar).
TE SAMADHAV UPASARGA VYUTTHANE SIDDHAYAH
37. Eles (estes poderes) são impedimentos ao Samadhi, mas são (vistos como) aquisições no estado normal-mutante da mente.
BANDHA-KARANA-SAITHILYAT PRACHARA-SAMVEDANACH CHA CHITTASYA
38. Quando as causas do aprisionamento são enfraquecidas, e os movimentos da mente conhecidos, a mente pode entrar em outro corpo.
UDANA-JAYAT-JALA-PANKA-KANTAKA-ADISHU ASANGA UTKRANTIS-CA
39. Conquistando a força vital (da vida) chamada Udana, a possibilidade de imersão em água ou lama e envolvimentos dolorosos, são evitados, e a saida do corpo pela vontade é assegurada.
SAMANA-JAYAJ JVALANAM
40 Conquistando a força vital chamada Samana, efulgência é adquirida.
SROTA-AKASAYOH SAMBANDHA SAMYAMAD DIVIAM SROTAM
41. Através de Samyama na relação entre Akasa e o poder de ouvir, capacidade divina de ouvir é adquirida.
KAYA-AKASHAYOH SAMBANDHA-SAMYAMAT LAGHU-TULA-SAMAPATTEH CA AKASAGAMANAM
42. Através de Samyama na relação entre o corpo e Akasa, e pela concentração na leveza do algodão ou da lã, passagem através do céu é assegurada.
BAHIR AKALPITA VRTTIR MAHA-VIDEHA TATAH PRAKASA AVARANA-KSAYAH
43. Quando a concepção inimaginável pode ser mantida fora, isto é, não conectada com o corpo, é chamada Mahavideha ou a grande desencarnação. Através de Samyama nisso, o véu que cobre a iluminação (de Buddhisattva) é removido.
STHULA SVARUPA SUKSMA ANVAYARTH-ARTHAVATTVA SAMYAMAD BHUTA JAYAH
44. Através de Samyama no denso, no caracter essencial, no sutil, a inerência e a objetividade, que são as cinco formas de Bhutas ou elementos, maestria sobre Bhutas é conseguida.
TATAH ANIMA-ADI-PRADURBHAVAH KAYA-SAMPAT-TAD DHARMA-ANABHIGHATAS CA
45. Então desenvolve-se o poder de minimização assim como outras aquisições corpóreas. Deixa de existir também, resistência a suas características.
RUPA-LAVANYA-BALA-VAJRA-SAMHANANATYANI KAYA-SAMPAT
46. Perfeição do corpo consiste em beleza, graça, força e firmeza adamantinas.
GRAHANA-SVARUPASMITA-ANVAYA-ARTHAVATTVA-SAMYAMAD INDRIYA-JAYAH
47. Através de Samyama na receptividade, caracter essencial, sentido de Eu, qualidade inerente e objetividade dos cinco sentidos, maestria sobre eles é obtida.
TATO MANOJAVITAM VIKARANA-BHAVAH PRADHANA-JAYASH CHA
48. Então advém poderes de movimentos rápidos da mente, ação dos órgãos independente do corpo e maestria sobre Pradhana, a causa primordial.
SATTVA-PURUSA-ANYATA-KHYATI-MATRASYA SARVA-BHAVA-ADHISTHATRITVAM SARVA-JNATRTVAM CA
49. Para aquele estabelecido no discernimento entre Buddhi e Purusha, vem a supremacia sobre todos os seres assim como onisciência.
TAD-VAIRAGYAD API DOSA-BIJA-KSHAYE KAIVALYAM
50. Através da renunciação mesmo disto (conquista de Visoka), vem a liberação em consequência da destruição das sementes do mal.
STHANY-UPANIMANTRANE SANGHA-SMAYAKARANAM PUNAR ANISHTA-PRASANGAT
51. Quando convidado pelos seres celestiais, este convite não deve ser aceito, nem deve ser causa de vaidade, pois envolve a possibilidade de consequências indesejáveis.
KSHANA-TAT-KRAMAYOH SAMYAMAD VIVEKAJAM JNANAM
52. Conhecimento diferenciado do Ser e do não-Ser advém da prática de Samyama no momento e sua sequência.
JATI-LAKSANA-DESAIR ANYATA-ANAVACHCHEDAT-TULYAYOS-TATAH PRATIPATTIH
53. Quando espécie, caracter temporal e posição de duas coisas diferentes são indiscerníveis, elas aparentam iguais, no entanto podem ser diferenciadas (por este conhecimento).
TARAKAM SARVA-VISHAYAM SARVATHA-VISAYAM-AKRAMAN CA-ITI VIVEKA-JAM JNANAM
54. O conhecimento do discernimento é Taraka ou intuitivo, compreende todas as coisas e todo o tempo, e não tem sequência.
SATTVA-PURUSAYOH SHUDDHI-SAMYE KAIVALYAM
55. (Se o discernimento discriminativo secundário é adquirido ou não) quando igualdade é estabelecida entre Buddhisattva e Purusha na sua pureza, liberação acontece.


Fonte-Laisa Boaventura

Ravana a raptar Sita
Amigos leitores aqui está mais um capítulo dos sutras.Desta feita o terceiro,o capítulo dos sidhis,os poderes mágicos.Todos os sábios nos advertem quanto ao perigo que podem representar estes poderes.O apego assim como o uso indiscriminado destes poderes são um entrave á evolução espiritual.Sendo um indicador do progresso do yogui, não são necessáriamente sinónonimo de progresso na senda espiritual; Vide a vida do grande santo tibetano Milarepa que para vingar a sua mãe utilizou esses poderes contra a sua família e aldeia,ou mesmo de Ravana,o asura (demónio) do épico Indiano "Ramayana".
Brevemente editarei o próximo,e último, capítulo dos sutras,até lá boas leituras e melhores práticas.
            
                                                             OM TAT SAT

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